Ontem eu assisti a entrevista que a Natalie Cole deu ao Jô Soares em seu programa.
É dela uma das três melhores interpretações que eu tenho de "As Time Goes By", as outras são de Carly Simon e de Jimmy Durante.
Ela disse que ficou afastada dos palcos por alguns anos devido a problemas renais, que obrigava-a a fazer sessões de hemodiálise três vezes por semana. Após um transplante bem sucedido de rim ela retomou as suas atividades artísticas.
Isto me fez pensar a respeito da questão dos transplantes.
Podemos abordá-la de duas maneiras principais:
1. Do ponto de vista de quem recebe: pega-se um órgão de alguém e coloca-se noutra pessoa. O doador não precisará mais dele mesmo e o receptor corre o risco de vida se não trocar o órgão problemático.
2. Do ponto de vista de quem doa: não fazemos a menor ideia de como se sente a pessoa que está moribunda e tem partes de seu corpo arrancada. Deste ponto de vista, podemos desdobrar em duas hipóteses:
2a. Se com a morte do corpo encerra-se a vida: neste caso, parece que está tudo certo e há até um certo desperdício de material em bom estado, que vai para a cova com a maioria dos cadáveres.
2b. Se com a morte do corpo a alma continua a viver. Se esta alma ainda estiver umbilicalmente ligada a este corpo, certamente sofrerá as agruras de ter partes de seu antigo corpo sendo arrancadas a "quente". Neste caso, quem não garante que além deste sofrimento, a alma ainda não terá que acompanhar o receptor do órgão até que este, finalmente um dia, também venha a falecer?
De todo jeito, alguns acreditam numa hipótese outros noutra e devemos respeitar a posição de cada um.
Mas, vale o esforço de pensar um pouco a respeito e avaliar do fundo do coração como estas ideias ecoam dentro de si.
Quanto a mim, fico com a hipótese 2b, e aqui vai uma referência que segue nesta linha:
Transplantes
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